Hospital de Cirurgia Plástica
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1 de dezembro de 2020

As principais complicações em cirurgias plásticas

A cirurgia plástica, assim como qualquer outro tipo de procedimento cirúrgico, deve ser realizada por um profissional habilitado, em ambiente hospitalar e envolve uma série de cuidados e riscos específicos.

Antes de marcar a sua, saiba quais são alguns deles:

 

MAMOPLASTIA: REDUTORA E DE AUMENTO

Realizar o sonho de ter seios grandes e usar um decote generoso e sensual ou diminuir o volume dos seios responsável por situações embaraçosas podem acarretar em uma série de consequências:

Contratura capsular

Ao se introduzir algo estranho no corpo uma cápsula se forma ao redor da prótese de mama, o que é natural em todos os casos. Porém em alguns casos esta cápsula formada é mais espessa. Isto pode acontecer com pacientes que tiveram no pós-operatório infecção, algum acúmulo de líquido (seroma) ou mesmo sangue (hematoma) junto da prótese.
Isto gera uma aparência mais arredondada e pouco natural para o seio, caso haja deformação e em graus mais elevados até dor.

Rompimento da prótese

Em casos raros, a prótese de silicone pode estourar, principalmente próteses mais antigas ou na ocorrência de trauma nos seios. Se isso acontecer, a textura do gel de silicone impede que ele se espalhe pelo organismo e cause danos à saúde. Mas a prótese deve ser trocada.

Alteração da sensibilidade

No momento da cirurgia, alguns nervos são lesados, causando falta de sensibilidade nos seios. Entretanto, na maioria das vezes, após alguns meses há regressão deste quadro e o paciente volta a sentir sensibilidade.

Abertura dos pontos ou deiscência

Se o paciente não seguir o repouso recomendado ou se estiver passando por uma infecção, os pontos feitos pelo cirurgião podem se abrir e expor os tecidos. Caso isso aconteça, é necessário retornar ao médico e iniciar o tratamento.

Hematoma ou Seroma

Normalmente há um pequeno acúmulo de líquidos ao redor da prótese, que é absorvido pelo próprio organismo durante o pós-operatório, porém, em casos mais graves, como hematomas (acúmulo de sangue) ou seromas (acúmulo de linfa) são necessárias abordagens como punções ou uma revisão cirúrgica na tentativa de evitar a contratura capsular.

Infecção

Causada por bactérias até mesmo da própria pele, as infecções podem ser evitadas com medidas de antissepsia rigorosa da pele, métodos de esterilização e o uso de antibióticos durante a cirurgia e também no pós-operatório. Caso aconteça e não haja resposta positiva do organismo ao tratamento com os medicamentos, atingindo níveis graves, pode ser necessária a retirada dos implantes, sendo possível uma nova tentativa de recolocação após 12 meses.

Alargamento das cicatrizes

O alargamento da cicatriz é quando ela fica rasa, larga e frouxa, que pode ser uma consequência de uma tensão acima do normal da pele ou de uma possível ruptura de pontos, por movimentação da cicatriz.

 

ABDOMINOPLASTIA

A cirurgia plástica que retira o excesso de pele, gordura e as estrias abaixo do umbigo e ainda recupera a firmeza dos músculos do abdômen pode ter alguns riscos. Reflita se compensa mesmo para o seu caso.

Eficácia reduzida em determinados casos

Cicatrizes de cirurgias anteriores, até mesmo de cesáreas, não são problemas para a eficácia do procedimento, mas o tipo de cicatriz (grandes cicatrizes diagonais ou transversais) poderá impedir a realização dessa cirurgia e isso deverá ser avaliado caso a caso com o especialista.
A obesidade e a presença de gordura visceral (gordura junto com os órgãos abdominais) reduzem a chance de se ter um abdômen plano após a cirurgia. Nesses casos o resultado é sempre pior.

Deiscência da cicatriz

É a abertura dos pontos no pós-operatório. A deiscência de uma cicatriz é detectada pelo vazamento de secreção serosa através da ferida, que pode ser parcial ou completo, quando ocorre além da pele a abertura da camada gordurosa (isso nunca acontece na abdominoplastia, pois não é feita a abertura da cavidade abdominal), sendo mais comum em pacientes que não obedecem aos cuidados de repouso, pacientes obesas com grande camada gordurosa, pacientes que acumulam líquido (seroma), ou em casos de infecções.

Seroma

Muito comuns em procedimentos estéticos invasivos como a abdominoplastia, pelo grande descolamento de tecidos, o seroma decorre do acúmulo de linfa e gordura.

Hematoma

Ocorre quando há um acúmulo de sangue em um espaço nos tecidos, fora do vaso sanguíneo. Os hematomas podem se desenvolver logo depois da cirurgia, resultando em uma área que fica inchada e com a aparência de uma bolsa abaixo da pele.

Seu tamanho varia de acordo com a lesão, podendo ser pequeno ou grande o suficiente para causar incômodo e dor. Acontece principalmente quando não são obedecidos os cuidados de pós-operatório como evitar pegar peso ou fazer força, ou quando há um aumento repentino da pressão arterial.

Recidiva da diástase

A diástase abdominal é o nome dado à separação dos músculos reto-abdominais. Na abdominoplastia este afastamento é corrigido com pontos. No caso da recidiva da diástase, o abaulamento abdominal retorna devido ao excesso de tosse ou vômito no pós-operatório ou quando o paciente não faz repouso.

Orelhas laterais de pele

Acontecem quando existe ainda uma sobra de pele nas extremidades laterais da cicatriz. É corrigido facilmente com anestesia local meses após a cirurgia pelo cirurgião.

Queloides

A queloide é uma cicatriz grossa, endurecida e em alto relevo, que pode ser avermelhada e vir acompanhada de dor e coceira. Ela costuma surgir 2 ou 3 semanas após a cirurgia e sua elevação é gradual, ultrapassando, em geral, o limite da cicatriz original e se deve na maioria das vezes da genética da paciente.

Embolia pulmonar

A embolia pulmonar – ou tromboembolismo pulmonar – é um quadro mais grave que ocorre quando um coágulo (trombo) situado em uma das veias da perna ou pelve se solta e percorre o organismo, alojando-se nas artérias do pulmão. Isso faz com que ocorra a obstrução do fluxo de sangue e, dependendo do seu tamanho, pode levar à morte.

Alguns fatores de risco são: cirurgias muito longas, tabagismo (fumo), uso de anticoncepcionais e predisposição genética.

 

BLEFAROPLASTIA

O procedimento de nome complicado melhora a aparência das pálpebras, tanto das superiores quanto das inferiores, suavizando a flacidez e as bolsas de gordura. O paciente fica com a expressão rejuvenescida, mas, antes que isso aconteça, determinados riscos devem ser levados em conta.

Alterações nos olhos

Pode ocorrer o ressecamento, temporário ou permanente, dos olhos, o que exigirá o uso de colírios. Dificuldades para fechar os olhos e posição anormal das pálpebras também podem acontecer, e até esperamos por algum tempo, mas não deve ser persistente, o que pode causar irritação e avermelhamento nos olhos.

Ectrópio

Constitui uma alteração da pálpebra que distancia a margem palpebral e a torna evertida. Alguns dos sintomas dessa complicação são: olhos vermelhos, sensação de corpo estranho nos olhos e ceratite. Mais comum em indivíduos com idade avançada. Acontece pele retirada excessiva de pele das pálpebras inferiores ou até mesmo de uma retração exagerada das cicatrizes profundas.

Quemose

Inchaço da conjuntiva (pele que recobre o globo ocular) pode acontecer no pós-operatório. É transitório e algumas vezes pode necessitar o uso de medicamentos tópicos específicos.

Olhos encovados

Isso traz um aspecto mais envelhecido para o rosto, comprometendo sua estética. Decorre da retirada excessiva das bolsas de gordura.

 

TODAS AS CIRÚRGIAS PLÁSTICAS

Qualquer tipo de procedimento cirúrgico envolve uma série de riscos, e é por isso que só deve ser realizado em local apropriado por um profissional da área. Choques anafiláticos (reações alérgicas), infecções, reações à anestesia aplicada, sangramentos e queloides podem aparecer durante ou depois da esperada cirurgia estética.

Entretanto, apesar do cuidado médico, os próprios pacientes devem seguir recomendações para que os riscos sejam minimizados e qualquer dúvida deve ser conferida com o médico antes da cirurgia.

Informe o médico responsável pela cirurgia sobre o uso de medicamentos que estão sendo usados e há quanto tempo, pois, alguns deles, como a aspirina, aumentam o sangramento durante a cirurgia.
Os fumantes devem abdicar do vício, de preferência, um mês antes da cirurgia. Se for realizado procedimento no rosto ou no abdômen, o risco de necrose é maior para quem fuma.
Quem tem doenças crônicas como diabetes ou problemas cardiorrespiratórios pode apresentar dificuldade no momento da anestesia, e, por isso, é essencial avisar o profissional.
Anêmicos têm sérios problemas de cicatrização e, por isso, não devem realizar este tipo de intervenção.
Para evitar o efeito sanfona que pode comprometer os resultados no abdômen, nos glúteos e nos seios, é recomendável estabilizar o peso antes do procedimento.
Bebidas alcoólicas devem ser evitadas preferencialmente duas semanas antes e duas depois da cirurgia, pois aumentam a retenção de líquido e consequentemente o inchaço pelo corpo.
Evite realizar esforço físico durante o pós-operatório, de acordo com as orientações médicas. Neste período, é recomendável contar com uma pessoa para ajudar em determinadas tarefas.
Cuide das cicatrizes, que devem ser higienizadas e também devem estar preferencialmente secas sob os curativos.

 

Dr. Edélcio S. Shimabucoro
CRM-SP 79 890 | RQE 55563

 

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