Existe um receio natural sobre fazer cirurgia plástica no verão: muitas dúvidas surgem sobre a influência das altas temperaturas, um possível aumento do inchaço, maior desconforto e até sobre a necessidade de repouso. Apesar desses e de outros fatores relacionados à estação mais quente do ano, é possível fazer cirurgia plástica no verão com resultados bem-sucedidos, desde que sejam tomados alguns cuidados adicionais em relação ao sol e ao calor.
No inverno, é comum o crescimento da procura por cirurgias plásticas. Por outro lado, muitas pessoas optam justamente pela estação contrária, principalmente porque é, geralmente, o período de férias do trabalho e dos estudos. Com o aumento das temperaturas, é normal que haja um pouco mais de inchaço do que o usual. Isso resulta em uma recuperação mais longa e inspira mais cuidados, mas não prejudica os resultados.
Cuidados necessários depois da cirurgia plástica no verão
Existem algumas alternativas para minimizar o inchaço excessivo: o uso de coletes modernos, feitos de tecidos antitranspirantes, e a drenagem linfática, recurso fitoterápico que reduz hematomas e alivia o desconforto.
A(O) paciente não deve se expor diretamente ao sol durante os 30 primeiros dias em nenhuma circunstância (as cicatrizes podem escurecer e as manchas roxas podem adquirir um aspecto de tatuagem com a ação do sol). O ideal é se proteger por, pelo menos, 90 dias, com protetor solar e roupas adequadas, até que todos os hematomas desapareçam. O uso de filtro solar com FPS 60 em regiões operadas é altamente recomendável, além do uso de bonés e chapéus no caso de cirurgias na face. O uso de clareadores leves à base de vitamina C também é uma boa opção.
Em cirurgias maiores, principalmente nas que envolvem lipoaspiração, a desidratação é um fator importante a ser prevenido. É necessário ingerir mais de três litros de água por dia nos primeiros dias, evitando a hipotensão, que pode ser potencializada pelo calor excessivo.
Apesar do calor, é de extrema importância o uso da cinta, quando o procedimento exigir, para evitar inchaço excessivo e fibrose. No primeiro mês, o uso deve ser contínuo. Somente durante o banho e a fisioterapia ela não precisa ser utilizada. Depois disso, cada caso é avaliado individualmente.
É claro que as situações citadas acima, como o inchaço e o uso da cinta, podem ser mais fáceis de gerenciar durante o inverno ou com temperaturas mais baixas. Entretanto, mais do que facilidade e conforto, existe um fator de fundamental importância que precisa ser considerado: dispor de tempo e logística adequados para o pós-operatório, pois uma recuperação mal feita influencia diretamente no resultado da cirurgia. Por isso, é melhor fazer a cirurgia plástica no verão e ter tempo suficiente para recuperar-se do que operar no inverno e precisar voltar ao trabalho imediatamente e antes do recomendado.