Já haviam se passado 10 meses desde seu aniversário de 18 anos, e Sara continuava insatisfeita com o tamanho de seus seios. Àquela época, ela imaginava que já teriam se desenvolvido um pouco mais e, quem sabe assim, não tivesse mais que sentir vergonha ao usar roupas decotadas ou biquíni.
Assim como Sara, muitas mulheres sentem-se incomodadas com a natureza de seus seios. A solução para estes casos pode ser encontrada na mamoplastia de aumento. Durante a decisão entre implantar ou não silicone, várias situações se impõem como desafios para estas mulheres. Um dos mais comuns se refere ao apoio familiar.
Mamoplastia de aumento e autoestima:
Os seios são tidos como uma das principais marcas da feminilidade no corpo de uma mulher. Quanto maior o seio, mais poderosa uma mulher é – pelo menos, diante do que se impõem os padrões de beleza da sociedade atual no imaginário delas. É inegável a força que um padrão deste exerce sobre todos, tanto mulheres quanto homens (que, invariavelmente, também compram estes padrões).
O resultado de tudo isso: mulheres fora dos padrões deste tipo de beleza podem desenvolver baixa autoestima. O valor atribuído à imagem de si mesmo tem impactos sobre outras áreas da vida e, geralmente, trazem consigo pensamentos negativos, insegurança, depreciação própria e insatisfação.
Apesar de ser uma questão psicológica, a conquista de uma boa autoestima consegue bons efeitos e resultados com a mamoplastia de aumento.
Apoio familiar e autoestima:
Por ser o primeiro e mais forte vínculo afetivo e relacional, a família tem papel fundamental na conquista da autoestima. Toda opinião, pensamento e forma de tratamento de um familiar com o outro tem fortes impactos sobre sua forma se enxergar-se, sentir-se e agir consigo própria e também com os outros.
Portanto, se alguma dos membros opta por aumentar os seios porque assim se sentirá mais bonita e confiante, a compreensão, diálogo e incentivo deve ser dados. Principalmente porque o pós-cirúrgico exige um apoio familiar muito grande – uma vez que a pessoa não pode ou sente dificuldades para realizar tarefas rotineiras por conta própria, como trocar de roupas e tomar banho.
É ainda muito comum que alguns familiares sejam contrários à mamoplastia de aumento. “Você não precisa disto”, “existem outras prioridades para a sua vida”, “você está bem como está”, “mas você sempre foi assim, vai querer mudar agora?”.
Por melhor que seja a intenção por trás destes comentários, eles demonstram falta de tato, desconhecimento do histórico de vida da autoestima daquele membro e, em alguns casos, até mesmo desrespeito sobre esta história. A autoestima é muito particular e é construída por cada um à sua própria maneira. O que é verdade e bom para um, não necessariamente é assim outro. Empatia e uma escuta livre de julgamentos são bons aliados para a criação de um diálogo saudável, nestes casos.
Por outro lado, também existem pessoas que incentivam ou forçam a ideia de que ‘uns mililitros de silicone cairiam bem em você’. Fato é que realizar a mamoplastia de aumento é uma decisão muito pessoal, e deve partir de um desejo da própria pessoa. Colocar silicone para realizar o desejo de outro é totalmente não recomendável.
Portanto, o apoio da família – nas formas de diálogo, compreensão, não julgamento, respeito e cuidado – são fundamentais para a conquista da autoestima das mulheres, inclusive das ‘turbinadas’ que passaram pela cirurgia de mamoplastia.